"Os meios como extensões": um olhar sobre a Comunicação


Mês passado foi comemorado o dia das Comunicações Sociais (5 de maio aqui no Brasil). Mas apesar de ser um assunto tão recorrente, ainda é pouco dito de acordo com sua importância. Pensando nisso resolvi discorrer um pouco sobre o que tenho visto dessa área tão especial a qual faço parte e mostrar minha visão (ainda pouco experiente) sobre ela.

Definir Comunicação em resumidas palavras é algo um tanto quanto difícil, pois o termo é vago. Ainda assim, escolho a definição do professor e pesquisador Luiz C. Martino, que a coloca como uma “relação de consciências”.

É interessante pensar, nesse sentido, que comunicar é algo tão presente que até mesmo num livro que leio me conecto com o pensamento de quem o escreveu. Entendendo a mensagem, vejo também que o processo foi concretizado. Podendo depois se expandir…

É como, por exemplo, a sensação que tenho ao ler “O diário de Anne Frank”, uma garota que foi vítima da atrocidade nazista anos atrás, mas suas palavras permaneceram vivas e comunicam o que ela sentiu (como o desejo de se tornar escritora e jornalista) e viveu enquanto esteve isolada na Holanda. 

De outro modo, o sentimento transmitido através de uma canção, mesmo com poucas palavras, pode dizer muito. Já no cinema, meio ao qual tenho muito apreço, é possível compreender uma história essencialmente através da construção narrativa das imagens. 


E por pensar nos vários meios e formas de comunicar, me vem à mente o pensamento de McLuhan: “Os meios como extensões do homem”. É fácil notar o quanto cada meio proporciona uma experiência que complementa o ser humano física e mentalmente. Conforme os anos se passam, novas tecnologias são formadas para atender os anseios de se comunicar. 

Neste período de isolamento, essas se mostram cada vez mais necessárias. É visível a importância que a comunicação possui em nos informar, entreter e fazer refletir sobre o que está a nossa volta, ao nosso lado e dentro de nós. 

Acredito que a comunicação é uma área fundamental. Quantas vezes não nos deparamos ao assistir um filme de ficção ou um documentário com um questionamento sobre nossa própria existência? Ou uma certeza? Ou um insight?

Não vou muito longe… quando antes se foi capaz de imaginar que poderíamos protestar, expor visões de mundo e nos posicionar quanto a determinadas atitudes simplesmente através das redes sociais? Quando antes foi possível transmitir cultos ou cerimônias religiosas ao vivo por meio de tantas plataformas ou canais?

Tudo isso que eu citei neste breve texto e muitas outras possibilidades são possíveis pela Comunicação. Mas ela não é apenas um meio para outros conteúdos. Muitos a consideram um fim. Pois é possível estudá-la de forma técnica e refletir suas relações com a humanidade. Esse é o trabalho de muitos dos meus colegas pesquisadores. 

Então, por essas breves palavras eu espero instigar você, leitor, a fazer um exercício de observação mais carinhoso dos comunicadores a sua volta. Jornalistas, radialistas, documentaristas, roteiristas, diretores de arte, cinegrafistas, fotógrafos, publicitários, criadores de conteúdo para a internet, pesquisadores, professores e tantos outros que trabalham e pensam a Comunicação, que se você olhar duas vezes, está também na área que você atua.

Imagens: 

Você é um comunicador? Conhece alguém que seja? Pra você, por que a Comunicação é importante?


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