O despertar da Criatividade por meio da memória afetiva em "De Repente 30"



Saiba como o filme “De Repente 30” pode nos exemplificar a ligação entre as recordações e a criatividade

Nesse post, você vai ver como o filme “De Repente 30” (13 Going on 30, EUA) é capaz de ilustrar a relação da memória afetiva à nossa capacidade de criar coisas novas. 

ATENÇÃO, CONTEÚDO COM SPOILERS!


O filme dirigido por Gary Winick lançado em 2004 é um dos maiores sucessos dos anos 2000 e por mais que muitas pessoas já o tenham visto muitas vezes, a cada nova vez é possível ter novas percepções a respeito dessa obra-prima audiovisual. (Sim, assim o considero!)

No filme, Jenna Rink é uma adolescente de 13 anos que tem por melhor amigo Matt, seu vizinho. Ela sonha em se tornar como as mulheres de 30 das capas de revista e, em seu aniversário, ela deseja ter 30 anos. Seu desejo acaba se concretizando e Jenna se vê como uma mulher bem-sucedida com carreira e vida pessoal que tanto sonhou, porém, ao reencontrar seu amigo de infância, ela percebe que os dois se distanciaram muito e, além disso, seu cargo depende de um projeto inovador para se manter.


Em obras audiovisuais, há elementos que compõem a narrativa de modo a determinada intencionalidade como, por exemplo, a trilha sonora, o figurino, as cores, os objetos...enfim, em De Repente 30, não é diferente. 

É perceptível que a linha condutora da narrativa se expressa de modo nostálgico, como observável na trilha sonora do filme, que traz canções da época da adolescência de Jenna, nos anos 80. (Se você gosta de playlist, aqui está uma que montei especialmente com músicas desse filme

Além disso, há alguns detalhes que podem passar despercebidos a princípio, como a casa onde Jenna acorda com 30 anos, suas roupas e as fotografias de seu escritório que já estavam presentes nas revistas que ela lia aos 13. O que nos faz pensar que uma interpretação possível é de que é a partir das nossas recordações que conseguimos construir coisas novas. É aí que entra a Criatividade!


"Todos nós queremos sentir alguma coisa que já esquecemos ou rejeitamos porque não percebemos o quanto estávamos deixando para trás".

Certa vez, em uma aula de publicidade, compreendi que, na infância, temos tendência a ser mais criativos, pois não temos censura e a inexperiência atrelada à ingenuidade nos faz imaginar coisas novas e enxergar outras perspectivas, que não são limitadoras, mas abrangentes. Portanto, em publicidade, pensar como criança, inicialmente, nos faz ser mais criativos. Mas, isso também pode se encaixar em outras áreas. Afinal, a criatividade está presente em todos nós…


No filme, Jenna recebe a missão de criar um projeto para salvar a revista em que trabalha. Ela topa o desafio logo de cara e assume o compromisso de trazer algo novo para a equipe. Durante esse percurso, surgem dúvidas, decepções e uma série de questionamentos que Jenna, com seu modo desinibido de ser, tenta ultrapassar...

Tendo em vista as descobertas do que mudou em sua vida desde a infância, ela tenta se reconectar com elementos afetivos (como a reaproximação dos pais e de Matt) e se aproximar de adolescentes que têm idade por volta dos 13 anos.


Essa aproximação permite a troca de experiências entre gerações, o que é interessante, pois colabora para a criação do projeto de Jenna que, por fim, torna-se uma celebração à vida “real” com as experiências de pessoas normais que se alegram por serem o que são.

"Precisamos nos lembrar do que era bom se não, não vamos descobrir nem que esteja na nossa cara" 


O filme "De Repente 30" é um exemplo claro de alguém que vê no passado a chave para despertar a criatividade que levará a ter uma ideia para um futuro projeto. E, com ele, é possível tirar algumas dicas de como se tornar alguém criativo com base em sua memória afetiva.

Algumas atitudes criativas que podemos tomar com base nisso:

  • Aceitar os desafios que possam surgir e encará-los com entusiasmo;
  • Não ter medo de questionar, mesmo que sejam perguntas aparentemente óbvias;
  • Não ter medo do erro (isso é atitude que “inibe” a tentativa);
  • Trabalhar na ideia (pôr a mão na massa!)

Bom, é claro que o fim dessa história eu não vou contar. Mas deixo a seu cargo, leitor, assistir o filme “De Repente 30” e me contar quais são suas impressões. Espero que esse post te ajude a ser criativo e se você tem outras dicas que possam contribuir, não deixe de comentar!

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