Escrever é uma ação do futuro: divagação sobre a escrita e as palavras



Escrever é uma ação do passado. Você lê aquilo que já está escrito. Escrever é registro, escrever é memória. Mas, para além disso, o escritor escreve para o futuro. Escreve para quem irá ler. Ele visualiza o leitor mesmo sem antes o conhecer. Portanto, escrever é também uma ação do futuro.

Escrever é imortalizar palavras. Aliás, não há como falar de escrever sem falar em palavras. A escrita manipula as palavras e seus significados. Essas, conexas ou não, trazem sentido à realidade. 

Existem os clichês da vida que dizem que "uma imagem vale por mais de mil palavras" ou que "a imagem fala por si só". Até concordo com a ideia de comunicar sem ser preciso dizer nada, mas ainda assim, vejo palavras quando penso em cada linguagem utilizada. 

São tantas as linguagens… e por mais que muitas delas não precisem necessariamente de palavras para serem compreendidas, são as palavras que nos ligam a imagens e, consequentemente, contribuem para o entendimento.

Já percebeu o quanto é difícil explicar uma imagem com palavras? E o quanto é difícil explicar uma palavra com imagens? É uma dualidade incerta, mas eu vejo as palavras visualmente, porque, para mim, elas não se prendem a meras letras… vão muito além e trazem consigo abstração e concretude, símbolo e significado.


Ah, as palavras… elas estão em todo lugar… na língua, na escrita, na imagem...escrever é transmiti-las em forma de linguagem: informal, formal, poética, narrativa… existem vários tipos.

Mas...Por que escrever? Para expressar, para expandir, para agregar. Escreva. Não por obrigação, mas por prazer. Escreva por você, escreva para você ou para quem você quiser escrever. Apenas escreva. A escrita te liberta da prisão do silêncio cognitivo.


Imagens: Unsplash 
Descrição de imagem (1): caneta tinteiro escreve palavras em uma folha pautada.
Descrição de imagem (2): mãos femininas, com unhas pintadas de preto e anéis nos dedos, digitam em um MacBook.

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